Sexta-feira, Julho 26Portal Comunica News

MAIS VERDE, POR FAVOR!

O clima no mundo está louco, muito calor aqui, frio demais acolá, gente sofrendo com tantos desastres naturais e ninguém faz nada, ou pouco faz, para ao menos amenizar. Continuamos a queimar combustíveis fósseis freneticamente, a jogar plásticos e outros materiais na rua, a fazermos tudo errado ao consumir as reservas minerais do planeta. Será esse o caminho da destruição total, ou ainda teremos tempo de mudar alguma coisa? Pelo relógio do clima temos apenas cinco anos e mais uns quebrados para evitar que a Terra se aqueça ainda mais, eu não queria que fosse assim, e precisamos limitar a um e meio graus Celsius o aquecimento global até o fim desse prazo, parece pouco em termos de temperatura, e não é, torna-se importante todo empenho de líderes locais e mundiais, sociedade civil e empresas, grandes e pequenas, no sentido de tornar esse limite possível.

Ainda existem pessoas que acreditam não estar havendo nada de anormal no clima, que dizem ser normais as eras de muito calor e depois de muito frio desde os tempos primordiais da Terra, mas o fato é que estamos acelerando o que até poderia ser cíclico com o consumo desmesurado dos recursos terrestres, com o desmatamento e o consumo exagerado de produtos, que necessitam de uma embalagem, gerando uma grande quantidade de resíduos, muitos deles indo parar em lixões, nos oceanos, rios e matas e muito pouco seguindo para reciclagem.

Antes de tudo seria preciso educar as pessoas desde os primeiros anos para que respeitem os limites da Terra, para que façam uso consciente dos recursos, reciclem o que puder ser reciclado, que mantenham as matas existentes de pé e recomponham as que já foram total ou parcialmente destruídas, além de utilizar menos combustíveis fósseis e mais os renováveis, que causam menos danos ao planeta, reforçando a consciência da reciclagem dos materiais.

Essa questão não tem nada a ver com posição política, com ser ou não ser o tal do “bicho grilo”, tem com a vida, que todos podem perder se não tomarem os devidos cuidados com o planeta. Eu não sou especialista no assunto, sou apenas um escritor preocupado com o que vejo nos noticiários e com minha vida também, pois quero viver muito ainda. E, apesar de fazer minha parte, pequena, a faço com intensidade. Não vejo muitas pessoas preocupadas com a casa de todos, ou seja, com o planeta, pelo menos em meu entorno. Não é chatice querer cuidar da natureza, levar esse tipo de papo, é mais do que tudo importante para a vida das pessoas.

Fazendo minha pequena parte tento influenciar outras pessoas próximas, pois eu junto resíduos para a reciclagem, levo até uma igreja que faz a coleta e depois entrega os materiais a um padre, que com o dinheiro arrecadado com a venda desse material ajuda com alimentos e suprindo outras necessidades algumas famílias de um bairro pobre aqui da cidade. Com essa atitude faço duas boas ações, ajudo o planeta a ter seus recursos menos explorados e contribuo para que mais gente tenha comida na mesa. É o suficiente? Claro que não, mas é o que posso fazer como cidadão, além de escrever sobre o assunto vez ou outra para conscientizar os meus leitores.

Esse texto, por exemplo é um dos vários que já fiz e ainda vou fazer sobre esse assunto, sempre com meu olhar leigo, sem querer ficar preso aos dados, pois não há cunho científico no que escrevo, são apenas percepções de quem está sofrendo com essas mudanças radicais no clima, que causam danos em algumas regiões do Brasil e do mundo, destruindo casas e matando pessoas que, infelizmente, moram em situação de risco, não porque querem, mas porque não lhes é dada nenhuma outra opção e os órgãos públicos, que deveriam cuidar desses assuntos, deixam a coisa crescer solta até chegar ao ponto da tragédia, que é mais que anunciada, só não vê quem não quer, ou se faz de cego.

Antes de mais nada é preciso educar as pessoas para o cuidado com o meio ambiente, deixar claro que um pequeno papel de bala jogado na rua inocentemente, se junta a muitos outros materiais, que entopem o bueiro e causam enchente, ou que esse mesmo papel vai seguir o curso pelos caminhos do esgoto, chegando aos rios e depois nos oceanos, causando a morte de animais que, por engano se alimentam deles, desequilibrando ainda mais a natureza. Mas não é só o papel de bala jogado na rua que causa danos, ele é um dos problemas, o mais visível, em meio a tantos outros e que muitas vezes o cidadão comum nem sabe que existem.

A educação ambiental pode, e deve, estar no currículo escolar, com o objetivo de levar o conhecimento até as crianças, que são o futuro do planeta, e por tabela chegar dentro de suas casas, pois dessa forma o conhecimento é disseminado, como as ondas que uma pedra jogada em uma poça de água faz, vai se abrindo e atingindo uma distância e um espaço cada vez maior.

Esse tempo dado pelos cientistas, cinco anos, acredito não ser suficiente, pois muita coisa ainda precisa ser feita, não é só educação, não é só reciclagem, não é só não jogar papel na rua, é investir em fontes alternativas de energia, é conscientizar pessoas, é consumir com menos volúpia, é entender que o problema é de todo mundo e não só de quem está no poder, apesar de ser ele quem, principalmente, deve estimular e financiar todas as políticas que possam frear o aquecimento global, pois só ele tem o dinheiro suficiente e a capacidade de conduzir as políticas, além de cobrar dos outros atores envolvidos, para que elas sejam implementadas. Pois não adianta realizarem encontros de cúpula de tempos em tempos, com o intuito de cuidar do clima e nem todos os países assinarem os tratados ali elaborados, e, a quem assinou, cobrar para que cumpram as metas ali estipuladas e aceitas de comum acordo. Fácil não é, mas tem que ser feito com urgência ou as próximas gerações vão sofrer consequências muito piores do que a atual.

Precisamos de um mundo mais verde, com mais florestas e menos concreto, de um mundo onde as pessoas respeitem o meio ambiente, que entendam que esse meio é o lugar onde vivemos. As cidades são os locais onde tudo começa, não adianta negligenciar isso, cada cidade tem que contribuir com seu quinhão nessa luta, tem o dever de fazer sua parte, pois de pequenos gestos em pequenos gestos, um país inteiro se recupera e o mundo também encontra a saída para essa crise que tem jeito, desde que todos se unam em uma grande busca pela solução.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *