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Netanyahu Declara Estado de Guerra Após Ataque Surpresa do Hamas

Confronto Entre Israel e Hamas Desencadeia Caos

No sábado, Israel foi alvo de um ataque surpresa perpetrado pelo grupo militante palestino Hamas, que envolveu operações terrestres, aéreas e marítimas. Os combatentes do Hamas conseguiram se infiltrar na fronteira sul de Israel e lançaram uma intensa saraivada de foguetes a partir da Faixa de Gaza. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que o país está em estado de guerra, ordenando ataques em Gaza e convocando uma mobilização abrangente das reservas em resposta a essa incursão sem precedentes. De acordo com um porta-voz das Forças de Defesa de Israel, mais de 200 israelenses foram mortos e mais de 1.200 ficaram feridos. Enquanto isso, o Ministério da Saúde palestino relatou 232 mortes em decorrência de ataques aéreos israelenses na região, com aproximadamente 1.700 feridos. O Hamas capturou vários civis e soldados como reféns, com confrontos em andamento no sul de Israel muitas horas após o início da operação, de acordo com as informações divulgadas pelos militares israelenses.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, condenou o que chamou de “ataque terrível contra Israel por terroristas do Hamas”, acrescentando que “Israel tem o direito de se defender e proteger seu povo”. Ele assegurou que o apoio de sua administração à segurança de Israel permanece sólido e inquebrantável. O grupo militante Hamas, que governa a Faixa de Gaza, reivindicou a responsabilidade pela operação e a nomeou de “Inundação de Al-Aqsa”. Esta incursão do Hamas é notável por sua audácia e complexidade, representando uma escalada significativa no conflito com o governo israelense. O líder da ala militar do grupo, Mohammed Deif, em uma mensagem gravada, conclamou os palestinos a se unirem à luta, caracterizando este dia como a maior batalha para acabar com a ocupação em curso na região, afirmando também que foram disparados cerca de 5.000 foguetes. O Hamas alega ter feito um grande número de reféns, incluindo altos oficiais israelenses.

Líderes ocidentais também manifestaram preocupação com a escalada da violência. Biden expressou a disposição dos Estados Unidos em oferecer apoio adequado ao governo e ao povo de Israel. Além disso, ele alertou contra qualquer parte hostil a Israel que tente tirar vantagem da situação. Chefes de estado europeus, incluindo o chanceler alemão Olaf Scholz e o presidente francês Emmanuel Macron, criticaram o Hamas e demonstraram solidariedade a Israel.

Foguetes são disparados da cidade de Gaza em direção a Israel na manhã de sábado.

O caos tomou conta de Israel, levando o ministro da segurança do país, Itamar Ben-Gvir, a declarar estado de emergência civil, concedendo à polícia poderes adicionais para realizar buscas e prisões. Ao longo da Rota 3 de Israel, a 24 quilômetros ao norte de Gaza, policiais armados com rifles de assalto estabeleceram postos de controle nas estradas, a fim de verificar a presença de homens armados em veículos que tentavam entrar no país. Estradas em todo o país ficaram desertas, com exceção de veículos de emergência, à medida que as forças de segurança estabeleceram postos de controle para o tráfego.

A polícia israelense evacua uma família em Ashkelon depois de ter sido atingida por foguetes disparados da Faixa de Gaza.

Os combates persistiam em diversas áreas do sul de Israel muitas horas após o início da incursão, e um número não especificado de civis e soldados havia sido feito refém, de acordo com informações divulgadas pelos militares israelenses. Em Tel Aviv, residentes correram para hospitais e clínicas médicas para doar sangue aos feridos, enquanto as autoridades locais ordenaram a abertura de abrigos antiaéreos. O serviço de resgate de Israel prestou cuidados a centenas de feridos, variando de moderados a graves, e mobilizou helicópteros, unidades de cuidados intensivos móveis e ambulâncias à prova de balas.

Essa onda de violência ocorre após semanas de crescente tensão ao longo da volátil fronteira entre Israel e Gaza, bem como de intensos combates na Cisjordânia ocupada por Israel. Ela também reflete anos de queixas não resolvidas relacionadas ao tratamento dos palestinos, que há muito tempo representam uma ameaça em potencial. O ataque do Hamas aconteceu 50 anos e um dia após os vizinhos árabes de Israel terem lançado um ataque surpresa coordenado, desencadeando a guerra árabe-israelense de 1973. Assim como naquela época, a incursão de sábado representa um desafio significativo para o aparato de inteligência de Israel, que enfrenta turbulências internas devido aos esforços do governo para reformar o sistema judiciário, resultando em protestos em massa e em uma rara divisão entre líderes políticos e militares.

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