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Helicóptero Desaparecido com Cinco Altos Oficiais Militares da Guiana nas Proximidades da Fronteira Tensa com a Venezuela

As autoridades destacaram as más condições climáticas na região e ressaltaram que não há indícios de que a aeronave possa ter sido alvo de fogo hostil, em meio ao aumento das tensões entre os países.

Um helicóptero militar desapareceu nas proximidades da fronteira entre Guiana e Venezuela na quarta-feira, em meio às crescentes tensões entre os países. As autoridades afirmam que o desaparecimento ocorreu devido às más condições climáticas, enfatizando que não há indícios de que tenha sido alvo de fogo hostil. A bordo da aeronave, cinco oficiais superiores estavam sendo transportados para inspecionar tropas na área disputada pela Venezuela, de acordo com o Brigadeiro-Chefe do Exército, General Omar Khan.

Na terça-feira, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, apresentou um projeto de lei propondo a designação de uma província venezuelana em uma região abundante em petróleo, disputada com a Guiana. Simultaneamente, ele ordenou à empresa estatal de petróleo que emitisse licenças para a extração de petróleo nesse local.

Tropas venezuelanas, equipadas com maquinaria pesada, se acumularam na fronteira, alimentando especulações sobre uma possível invasão. O presidente da Guiana, Irfaan Ali, declarou que está tomando medidas para proteger seu país. Em entrevista à Associated Press, Khan relatou que a Força de Defesa da Guiana perdeu contato com o helicóptero Bell 412 EPI após sua decolagem de Olive Creek, no oeste da Guiana, seguindo uma parada para reabastecimento.

Embora haja temores de que a aeronave tenha sido atingida, Khan afirmou que não há indicações de envolvimento de aeronaves venezuelanas na área, destacando que a prioridade é salvar vidas. Os Estados Unidos comprometeram-se a auxiliar nas operações de busca, que serão retomadas na quinta-feira.

O desaparecimento ocorre em um momento de aumento das tensões entre Guiana e Venezuela sobre a região de Essequibo, rica em minerais e próxima a vastos depósitos de petróleo. Enquanto a Venezuela reivindica a área desde o domínio espanhol, a Guiana baseia-se em fronteiras estabelecidas por árbitros internacionais em 1899. O referendo venezuelano e a concessão de licenças para exploração em Essequibo intensificaram a disputa.

Questionado sobre assistência militar na disputa, o presidente da Guiana afirmou que seu governo está contatando aliados com acordos de defesa, incluindo EUA, Brasil, Reino Unido e França. Irfaan Ali expressou a seriedade com que a ameaça está sendo tratada, destacando a iniciativa de medidas de precaução para manter a paz e estabilidade regional.

Em resposta, a Venezuela condenou as declarações do presidente da Guiana, acusando o país de agir de maneira irresponsável e supostamente conceder permissão ao Comando Sul dos EUA para intervir na região de Essequibo. A disputa diplomática, que se intensificou desde 2015, ganhou destaque após a ExxonMobil anunciar descobertas significativas de petróleo ao longo da costa. A Guiana pretende abordar o conflito na reunião do Conselho de Segurança da ONU.

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