Quarta-feira, Setembro 18Portal Comunica News

Semana das mulheres: Vocação para investigar

Tatiana Cristina Galvão Pacheco é investigadora do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE) e tem a missão de investigar

 

Nesta quarta-feira (8) é comemorado o Dia Internacional da Mulher e a Secretaria da Segurança Pública publica no quarto dia mais três relatos de mulheres que trabalham nas principais instituições da pasta. Profissionais das diversas áreas de atuação da Polícia Militar, Polícia Civil e Superintendência da Polícia Técnico-Científica foram entrevistadas e contaram um pouco das experiências e trajetórias vividas por elas nestas funções.

 
Tatiana é investigadora de polícia e recentemente concluiu o III Curso de Operações Policiais (COP). Com determinação e habilidade, ela apresentou resultados que muitos policiais homens não conseguiram.
 
Nome completo: Tatiana Cristina Galvão Pacheco
Função: Investigadora de Polícia
Local de trabalho: Unidade de Inteligência policial (UIP) do Departamento de Operações Policiais Estratégicas (DOPE)
Quando entrou na carreira policial: 2012
 
O que chamou a atenção na carreira policial?
Primeiramente busquei a estabilidade do concurso público e uma disputa meritocrática de uma vaga de trabalho. Paralelo a isso, as funções investigativas e operacionais já me chamavam bastante atenção.
 
Por que escolheu essa carreira em específico?
Quando conheci as atribuições da carreira de investigador, senti que era vocacionada e quando tomei posse, me senti realizada.
 
Conte a trajetória profissional
Iniciei em 2012 como escrivã e trabalhei durante anos no plantão policial da cidade de Sumaré. Nesse tempo prestei concurso para investigadora, que era o meu sonho. Assumi o cargo em 2016 e trabalhei por três meses no 2° Distrito Policial (DP) da cidade de São José dos Campos, onde fui muito bem recebida, mas surgiu uma oportunidade de ir para a Capital, onde eu gostaria de vivenciar novas experiências. Trabalhei dois anos e meio no 77° DP em Santa Cecília, na 1ª Seccional do Decap, um tempo no plantão e outro na chefia. Meados de setembro de 2019 fui para o plantão da central de flagrantes do 2° DP no Bom Retiro, onde fiquei um pouco mais de um ano. Em seguida, fiquei uns meses no plantão da 1ª Delegacia da Mulher e, por último no Decap, cerca de três meses no 4° DP na Consolação, onde atuei na chefia. Por fim, tive a oportunidade de ir para o DOPE, no setor de inteligência policial, onde estou até hoje.
 
Qual foi o caso mais marcante na sua carreira?
Os casos mais marcantes são os de abuso sexual e os de pedofilia. Infelizmente são crimes muito comuns e por eu ter trabalhado bastante tempo em plantões noturnos e finais de semana, bem como ter trabalhado na Delegacia da Mulher, vi mulheres, adolescentes e crianças vítimas. E as histórias sempre são muito chocantes e cruéis. Um fato que ficou muito marcante para mim, foi no início da carreira, um caso de pedofilia que acompanhei na cidade de Sumaré. Fui fazer o local onde ocorreu um duplo homicídio em uma residência e tinha uma criança presa em um mini quarto no subsolo onde o acesso era no fundo de um armário no andar de cima. A criança, além de sofrer abuso, perdeu a mãe e o padrasto, os quais foram enterrados pelo pedófilo no quintal da casa. O autor ficou foragido por pouco tempo, pois a polícia conseguiu prende-lo. 
 
Qual foi o caso que mais a emocionou?
O que mais me emociona e me deixa extremamente satisfeita é quando chega uma vítima até você e te agradece, às vezes com lágrimas, pelo empenho que tivemos no seu caso. É nessas horas que a gente se sente realizada por ter escolhido a profissão certa e motivada a continuar.
 
Como você vê a participação da mulher na carreira?
As mulheres apresentam muitas características positivas na área policial, a maioria apresenta muita força, garra e determinação. Cada dia vamos conquistando mais o nosso espaço pela eficiência e pelo potencial que temos e quebrando barreiras de preconceito. A mulher deve compreender que o lugar dela é onde ela quiser e ela pode muita coisa. 
 
Uma das melhores experiências que vivi na polícia recentemente foi o III Curso de Operações Policiais(COP) que acabei de concluir em fevereiro. Um curso eminentemente masculino, mas que mesmo assim consegui superar todas as limitações que são preconceituosamente rotuladas às pessoas do sexo feminino. Apresentei resultados que muitos policiais homens não apresentaram naquele momento. Fui determinada e com habilidades necessárias para conclusão do curso com um perfil profissiográfico esperado pela equipe de instrução e coordenação do mesmo. Foi uma honra e mais uma realização profissional.
 
 
Fonte: Assessoria de Imprensa e Comunicação da Secretaria da Segurança Pública

(Crédito Foto: Policia Civil)

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Fica a saber como são processados os dados dos comentários.