
Estou farto de gente chata que não sai de um determinado assunto, que parece querer mostrar que entende daquilo como ninguém, quando na verdade nada sabe bulhufas sobre o que diz. Tem gente que cisma com alguns assuntos e quando tem uma oportunidade, ou encontra um ouvido desavisado despejam aquele papo chato, como se fosse uma maravilha do conhecimento.
Cara, não dá, é demais para mim, prefiro nem encontrar com esse tipo de gente, que fica se gabando de nada, como se fosse tudo, dou um jeito de cortar, desviar o assunto, sei lá, não conseguindo mudar o texto, dou o fora, invento uma desculpa e sumo da frente do indivíduo.
Também estou farto de gente que fica falando de política o tempo todo, quando não entende nem o que está à sua volta, repetem como papagaios o que recebe pelo Whatsapp e acham que estão arrasando, quando estão sendo rasos como piscina infantil. Aliás hoje em dia está chato esse negócio de política, se você não gosta de um é porque está com o outro, não é assim, acorda! Eu posso não gostar de um e não estar com o outro, eu posso não gostar dos dois, eu posso nem saber quem é um e quem é o outro e pouco me importar se são bons ou ruins e não ter opinião é uma forma de ter uma posição, neutro, ora pois!
Ficam brigando por gente que não está nem aí para ninguém a não ser eles próprios, ou você acha que alguém é santo na política? Se acredita nisso, tente se informar melhor e verá que de santos políticos o inferno também está cheio, ninguém ali é inocente, todo mundo sabe muito bem o que está fazendo e nem porque, mas tem sempre os “entendidos” que opinam sobre o que não entendem de verdade e causam confusão aonde chegam. Eu, para não discutir com ninguém, já digo logo que sou anarquista, não sou de direita e nem de esquerda, muito menos do centro, e acabo logo com a discussão que não vai a lugar nenhum.
Quando eu estou em meus momentos de lazer gosto de uma boa conversa fiada, sem política e nem inflação para perturbar. Minha semana já é bem agitada, então quando posso relaxar, eu relaxo sem culpa alguma, não quero saber de quem foi preso ou foi solto, de sanções e punições, dane-se tudo, quero ficar na minha!
Então sempre aparece um chato para estragar tudo, parece um carma esse negócio, de um dia para o outro todo mundo começa a entender de política, de vacinas, de avião, de espaço, lua e o tudo mais. Eu entendo apenas de algumas coisas, sei que preciso me vacinar para não ficar doente, fiz isso minha vida toda e nunca virei jacaré ou outro bicho qualquer e se colocaram algum chip em mim se ferraram, porque eu não tenho nada de interessante para ninguém, sou feio, pobre e baixinho e meu carro é velho e popular, portanto, me chipar é jogar dinheiro fora.
Nessa de não entender nada o melhor caminho que achei foi me tornar escritor, pois não consegui aprender matemática, física e nem química, o que não me fez falta alguma até hoje, o fato de eu pular o muro do colégio para matar aulas de matemática e de física a fim de andar de trem, me capacitou largamente para ser um contador de histórias, e tenho muitas a contar, não só de trens e fugas espetaculares do colégio, como também de beijos na boca dentro do túnel e outras travessuras. Muito melhor do que fazer contas e me preocupar com catetos e hipotenusas, que não sei o que é mas acho o nome legal para colocar nesse texto faz eu parecer bem culto, além de força “G” e carbono, danem-se, não vou projetar um prédio e nem uma ponte!
Eu estava falando de gente chata e coisas que eu não suporto, não suporto matemática e nada que tenha a ver com ciências exatas, eu não sou exato, para ser exato, sou oblíquo, meio descompensado, mas funciono bem assim. Às vezes sou chato, claro, quem nunca é? Mas procuro cuidar para não ser, tento me impor alguns limites para não atrapalhar ninguém, mas eu encho o saco de algumas pessoas mandando minhas crônicas publicadas, eu preciso ser lido, por isso escrevo, é para aparecer mesmo, porque tem gente que escreve muito melhor do que eu que não precisa mandar nada para ninguém porque os outros procuram o que escrevem, dura a vida de um escritor desconhecido.
Eu creio que estou ficando chato falando de gente chata, mas não tem como não ficar, estou tentando te distrair, afinal esse texto não é nenhum tratado filosófico sobre a chatice, é só um texto pretensamente literário, com o objetivo de te manter interessado até o final. Não, por favor, não pare de ler logo agora que eu confessei o meu objetivo torpe, não é maldade é que o tal do algoritmo, que tem a ver com matemática, quando percebe algum interesse em mim aqui no meio de tanta gente manda mais gente para ler o que escrevo e assim continuo cacifado par manter o meu espaço aqui, então me ajude e eu te distraio.
Não vou falar mais de gente chata até o final do texto, nem de futebol e muito menos de política, pois depois de um tempo escrevendo sobre isso todo autor, por melhor que seja, fica chato pra caramba, também não vou falar de vacina, cada um que se vacine ou não, o problema não é meu, nem de programas de televisão, muito menos de novelas e nem quero saber quem matou a tal da Odete Roitman, pouco me importo com sua morte, porque é ficção, então a atriz voltará em outra novela firme e forte e daqui a pouco todo mundo vai esquecer quem matou e quem morreu.
Enfim, estou chegando ao final desse texto que começou de um jeito, acabou de outro e ficou sem pé nem cabeça, é que estou escrevendo com pressa, tenho um compromisso daqui a pouco e o tempo urge, vou participar da inauguração de uma biblioteca e isso me faz feliz. Viu, se você não chegasse até o fim do texto não saberia que eu fui inaugurar uma biblioteca depois de escrevê-lo! Obrigado!!
