Para além das telinhas
Vivemos tempos estranhos...já não olhamos nos olhos das pessoas, porque para vê-las, usamos a tela do celular. Sentamos ao lado do outro apenas para teclarmos juntos. Cada um, envolvido em seu próprio espaço, onde um mundo de possibilidades desfila alegremente na palma da mão, em uma realidade paralela, viciante e fugaz.
Estamos sós, mas estamos envoltos em uma multidão de pessoas, com as quais temos algum tipo de afinidade. Porém, não podemos alcançá-las. As relações interpessoais são divertidas e líquidas. O que me reporta a Bauman, quando trata da volatilidade do pensamento na modernidade. Não há solidez, densidade ou segurança. Contudo, escorrem por entre as lacunas das nossas vidas e ocupam brevemente espaços que demandam sentimentos e respostas que se perderam ness...
