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Entenda o que é Miocardite, a doença que eliminou uma participante do programa “A Fazenda” e conheça os principais mitos envolvendo a doença

Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista, explica mais sobre a doença e seus mitos

Nesta sexta-feira a participante Raquel Brito divulgou que foi desclassificada do programa “A Fazenda” após passar mal durante uma das provas do reality. Raquel foi diagnosticada com miocardite, uma inflamação do músculo cardíaco. 

 
Dra Fernanda Weiler, médica cardiologista e certificada internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida, explica mais sobre o diagnóstico: “A Miocardite é uma inflamação do músculo cardíaco (o nosso coração) que costuma ser desencadeada por infecções virais, como por exemplo o vírus da gripe ou o vírus sincicial respiratório. Além da infecção viral, a miocardite pode ser resultante de doenças autoimunes como o lúpus e a artrite reumatoide. Fatores externos como consumo excessivo de álcool e drogas ilícitas podem aumentar o risco do desenvolvimento desse processo inflamatório”.
 
Os sintomas podem variar de acordo com a causa e a evolução da inflamação e entre eles estão batimentos cardíacos irregulares (arritmia), dores no peito, falta de ar, cansaço excessivo mesmo em repouso, inchaço nas pernas e pés. “Como os sintomas são bastante similares a outros diagnósticos cardiovasculares, o ideal é buscar atendimento imediato para um diagnóstico preciso e tratamento”, diz a cardiologista.
 
Para prescrever o melhor tratamento é preciso entender como é a evolução do quadro inflamatório. “Em alguns casos repouso e medicação anti-inflamatória podem ser suficientes. Casos mais graves podem necessitar de medicamentos que ajudam a regular a função cardíaca ou, em situações extremas, intervenções cirúrgicas e transplante cardíaco”, relata a médica. 
 
Dra Fernanda também compartilha alguns mitos que permeiam a doença e explica a verdade por trás deles: “É importante compreender a verdade por trás de cada mito envolvendo doenças pois é assim que podemos fazer com que uma pessoa busque tratamento tão logo identifique seus sintomas”, finaliza Fernanda.
 
Os principais mitos que envolvem a miocardite:
 
Mito 1: Miocardite é uma doença rara
A verdade: A miocardite é uma doença pouco comum entre os diagnósticos cardíacos mais conhecidos, mas temos ouvido falar mais dela especialmente pós pandemia da Covid-19. Vimos mais pacientes desenvolvendo a inflamação no pós Covid, até porque a miocardite pode ser uma doença secundária à infecção viral.
 
Mito 2: Miocardite sempre causa sintomas graves
A verdade: O perigo da doença está justamente em seus sintomas – alguns pacientes relatam não sentirem nada e outros apenas um leve cansaço. Por isso é importante conhecer os sintomas e sinais iniciais para buscar ajuda profissional em um diagnóstico e, caso confirmado, iniciar o tratamento.
 
Mito 3: Apenas adultos podem desenvolver miocardite
A verdade: A maioria dos diagnósticos cardíacos podem ser desenvolvidos por adultos, jovens e crianças. Precisamos nos atentar a isso porque muitas vezes achamos que doenças cardiovasculares acometem apenas a terceira idade. Não. Vemos cada vez mais jovens desenvolvendo diferentes tipos de doenças cardíacas, sendo a miocardite uma delas.
 
Mito 4: Após uma infecção, a miocardite é inevitável
A verdade: Não vamos criar falsos alardes. Nem toda infecção viral vai evoluir para uma miocardite. Fatores genéticos e a saúde geral do paciente também influenciam na evolução do quadro.
 
Mito 5: Miocardite só ocorre em pessoas com problemas cardíacos prévios
A verdade: Embora pacientes com diagnósticos cardíacos prévios possam ter risco aumentado para o desenvolvimento de miocardite, observamos a doença em pessoas que não fazem parte deste grupo de risco, ou seja, não têm nenhum outro histórico cardíaco anterior. Algumas pessoas apresentam uma maior predisposição a desenvolver a inflamação no coração.

Sobre a Dra Fernanda Weiler:
Dra Fernanda Weiler é formada em medicina pela Universidade de Brasília (UNB) com residência em cardiologia pela mesma Universidade. É membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia e certificada internacionalmente em Medicina do Estilo de Vida. Entre 2014 e 2015 foi professora da UNB, mesma Universidade em que se formou.

Sua extensão em Medicina do Estilo de Vida, feita na Harvard Medical School (EUA) fez com que Dra Fernanda passasse a olhar a saúde cardíaca como resultado também (e principalmente) das escolhas de vida de cada pessoa. Defensora da atividade física e da promoção dos bons hábitos, dedica parte de sua carreira a incentivar seus pacientes e seguidores das redes sociais a adotarem melhores hábitos no que tange aos seis pilares da Medicina do Estilo de Vida.

Dra Fernanda é também co-fundadora do grupo “Mais uma D.O.S.E (dopamina, ocitocina, serotonina, endorfina)”, que visa a melhora na qualidade de vida através da Medicina do Estilo de Vida.

 

Fonte: Prima Donna – Comunicação e Empreendedorismo

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